Casa de habitação com 105m² integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
O projecto teve por base a recuperação de uma ruina existente no terreno e a sua ampliação através da mesma técnica construtiva tradicional e local.
O edifício encontra-se implantado numa zona bastante favorável relativamente à morfologia do terreno e à incidência dos ventos, com o seu enquadramento privilegiado orientado a sudoeste.
No volume original localiza-se a sala de estar e a cozinha, e no corpo mais recente, associado ao anterior na vertente noroeste, integrou-se dois quartos, um deles com mezanine, e duas instalação sanitárias.
Exteriormente, acompanhando o declive natural do terreno, existem dois pátios orientados respectivamente a sudoeste e a sudeste. O de cota superior é acessível pela zona da entrada, e o segundo, que convida a uma maior permanência é acolhido pelo ensombramento de uma pérgola de madeira.
Sendo o solo deste terreno bastante propício, a opção natural para a construção do novo corpo do edifício foi, tal como o original, a taipa com reboco de cal e areia e caiação.
Relativamente aos materiais de revestimento, para os pavimentos optou-se pela tijoleira tradicional e pedra de xisto com excepção das instalações sanitárias onde se utilizou um revestimento tradicional marroquino nos pavimentos e paredes - o tadelakt. A cobertura tradicional com estrutura de madeira e telha de canudo foi revestida no interior com forro de madeira.
MONTE DE MALHADINS
Construção em taipa
Odemira, 2009



